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O espaço da mulher no mercado de trabalho

Há muito tempo, a mulher vem ganhando reconhecimento e oportunidades dignas no mercado de trabalho. Desde os períodos de guerra, onde as esposas iam às fábricas trabalhar no lugar dos maridos para sustentar suas famílias, até manifestações por direitos trabalhistas melhores, que também são comuns na época atual, as mulheres vem batalhando por seu merecido espaço.

As funções profissionais ocupadas por elas têm ganhado cada vez mais ênfase, mas ainda há muito a ser feito para que os direitos políticos, econômicos, sociais, entre outros sejam equivalentes aos dos homens, que no momento ainda têm algumas vantagens, tendo como exemplo os seus salários superiores comparado ao das mulheres. Por mais que elas tenham conquistado postos formais de trabalho, muitas das mulheres ainda têm que lidar com a dupla jornada, sendo registradas em um trabalho e, além disso, cuidando dos filhos e serem donas de casa.

Além de cargos mais dignos e formais, o acesso à educação também é um dado importante a ser analisado para explicar a emancipação da figura feminina. Segundo o IBGE, 23,5% das mulheres com 25 anos ou mais possuem ensino superior completo, contra 20,7% dos homens. Com o passar do tempo as universidades alteraram suas estruturas para que elas se adequassem a entrada e participação das mulheres. Isso começou a acontecer no Brasil em 1887, com a entrada de Rita Lobato Velho Lopes na Faculdade de Medicina da Bahia, que nem sequer contava com banheiros femininos.

Ao longo das décadas, o progresso pela igualdade de gênero se tornou perceptível e vem ganhando cada vez mais destaque. Dados do censo demográfico do IBGE mostram que em 1950 apenas 13% das mulheres eram economicamente ativas. Na mesma época o índice dos homens chegava a 80%. Sessenta anos depois, em 2010, a participação feminina subiu a 50% e a masculina caiu para 67%.

O potencial feminino é tão importante para o mercado hoje em dia que pode servir de indicador de igualdade e trazer reconhecimento às empresas que as contratam com direitos iguais aos homens. Segundo o estudo “Perspectivas Sociais e de Emprego no Mundo – Tendências para Mulheres 2017”, elaborado pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), o aumento da presença das mulheres no mercado de trabalho poderia injetar 382 bilhões de reais na economia brasileira. Além disso, poderia gerar 131 bilhões de reais às receitas tributárias, podendo ser vantajoso também para o país de forma global. Com isso, é possível analisar o impacto econômico positivo que vem surgindo com o passar dos anos e ainda tende a crescer, conforme a igualdade de gênero for mais presente na sociedade. Para tal, será necessário reduzir a desigualdade de gênero no mundo do trabalho em pelo menos 25% até 2025.

Ainda que as mulheres sejam minoria no mercado, merecem o reconhecimento e direitos que as beneficiem, assim como beneficiam funcionários do gênero masculino. Elas fazem a diferença no mercado e sua participação só tem a contribuir para todos.

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